10 anos sem ela, a companheira amada pela sua familia, que não éramos só nós, seu companheiro Alberte e seus filhos Brais , Gael e Iris, senão a grande familia cenetista, libertária e feminista, porque ela tinha tão grande coração anarquista que cabíamos todos e todas.
Companheira de todas as luitas quer sindicais como sociais e onde se precisar seu apoio lá estava a Rosa solidária como se for uma rosa-dos-ventos que apontava em todas direcções mas sempre marcando o norte da Anarquía.
Seu compromisso foi absoluto com a causa da CNT chegando a ser a primeira Secretária da CNT Galaica no 2002. Mesmo quando houve que ultrapassar aquele tunel primeiro do fascismo e logo na “Transação” em que o anarco-sindicalismo estava nas horas baixas.
Hoje estaría feliz de ver como suas companheiras e companheiros estão a fazer real aquele sonho de consolidar a CNT, como sindicato capaz de resolver os conflitos da classe operária.
Trabalhou dende muito nova (com 16 anos) numa empresa de montagens eléctricas na súa cidade natal da Corunha, para com 19 anos unir-se ao seu companheiro Alberte de Esteban “O Roxo” no primeiro matrimonio civil realizado na Corunha despois da Guerra no ano 1972. Emigram a Barcelona onde trabalham em diversos oficios e paralelamente embarcam intermitentemente dado que Alberte trabalhava como marinho civil e ela acompanhava-o nas viagens. Deslocam-se a Londres onde trabalham na hostelaría durante algum tempo e se relacionam no ” Centro Ibérico” com Miguel García antigo preso político cenetista. para depois de passar por Paris de caminho à Galiza.
De regreso a Santiago de Compostela remata a carreira de Geografía e História e começa a militar na UPG. Formou parte da ejecutiva da AN-PG em 1976 e do BNPG em 1977, mas logo de fortes discrepâncias integra-se no movimiento libertário participando na criação da “Federación Anarco-comunista Galega” e o o Colectivo Libertário “Arco-da-Vella”.
Posteriormente participa activamente na fundação da CNT em Compostela, sendo elegida Secretária Geral em 1990 e 2002 e tesoureira em várias ocasiões.
Tambem participa no Ateneu Libertário de Compostela, na criação de Mulheres Livres assim como na Rádio Kalimera.Asidua conferenciante, colaborou em publicações como o Arco-da-Velha (sob o pseudónimo de María Balteira), A Saia, (A)narquista, Andaina, CNT, Festa da Palabra Silenciada, Marea Negra, a Nosa Terra, Outrasvozes ou A Protesta.
Bibliotecaria da USC desde 1986, tambem colaborou em revistas profissionais de bibliotecas.Após a sua morte o 11 de setembro de 2012 publica-se o 8 de março de 2013 o seu livro “Voçê sabe e eu conheço. Cumplicidade no olhar”.