Ao longo da semana passada tivemos a oportunidade de assistir a uma série de palestras de diversos conteúdos temáticos em Compostela, com motivo da celebração das XXIV Jornadas Libertárias promovidas pela CNT.
À procura não só de Lorca
Inauguramos as Jornadas na segunda-feira com a palestra da companheira Sònia Turón, arqueóloga da CNT que anda a trabalhar na fossa de Alfacar em Granada, comissionada pela Confederação para tratar de encontrar os restos dos 2 companheiros confederais, do mestre ateu e de Lorca.
Explicou diante de um público atento, em que havia algum arqueólogo, quem eram os companheiros assassinados pelos fascistas, sindicalistas da CNT bem comprometidos com o anarcossindicalismo, operários que no fim de semana trabalhavam também de banderilheiros, talvez espalhando as ideias, o mestre ateu assassinado também pelas suas ideias e finalmente a figura de Lorca, senhorito de uma boa família granadina e como as liortas entre «boas famílias» puderam ter propiciado a sua morte embora a explicação oficial seja de que fora assassinado por «rojo» e «maricón».
Relatou os pormenores e contratempos derivados da dificuldade de pelejar contra o mito de Lorca, os muitos atrancos para desempenhar o trabalho. Compartilhou com o pessoal todas os problemas que provoca a presença de Lorca junto com os companheiros, quer pelo «mediático» da sua figura que fez com que a escavação se tivesse enchido de jornalistas e meios de desinformação, quer pelos atrancos da família do poeta que dificultou encontrar os restos.
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