Manifestación Anti-G8 en Compostela

O día 7 de xuño tivo lugar en Compostela a manifestación antiglobalización con motivo da cimeira do G8 en Alemaña convocada en resposta ao chamado global dos distintos colectivos que protestan en todo o mundo contra o neoliberalismo actual.

Un pouco depois das 21’30, comezou a manifestación desde a Praza de Vigo na que se xuntaron por volta de 400 ou 500 personas, o que supón un éxito de por si entanto cuanto nengunha organización xuvenil nacionalista subvencionada e nengún sindicato nacionalista tamén subvencionado acudiron á convocatória, que foi realizada por unha plataforma formada ao efeito, para unir forzas e voces contra os ricos do G8.

A manifestación percorreu as ruas compostelás proferindo gritos contra o Capital mentres ondeaban bandeiras nacionalistas e outras da Confederación, anarquistas e anti-fascistas. A CNT acodeu portando unha pancarta cun lema alusivo á necesidade da revoclución social.

A CNT na mani Anti-G8

A convocatória, a sua preparación, a unidade de critérios e pontos de vista que se estabeleceron antes da manifestación, a solidariedade demostrada entre persoas e grupos que ven de xeito diferente os problemas sociais e, por fin, o espírito anti-capitalista que animou às muitas persoas e xente moza que acodiron à convocatória, demostran que hai un campo amplo para traballar ao que levar propostas radicais de cámbio social, que é ao fin e ao cabo o que intentou o sindicato CNT e a sua militáncia.

Texto lido ao final da manifestación

Estes dias estam-se a reunir na cidade alemana de Heiligendamm o G-8, o grupo dos oito paises mais enriquecidos do mundo que se juntam periodicamente para decidir que rumo seguiram para manter o mundo baixo a sua opressom. O G-8 pode definir-se como um gabinete privado desde o que se dirige o mundo, com as suas estruturas de controlo económico (BM, FMI, OCDE e OMC), de controlo político (ONU), de controlo social e ideológico (ONU, UNESCO e OIT) e de controlo militar (OTAN). Mais uma vez, de costas e contra o povo, juntam-se para definir o caminho para a continuaçom da exploraçom capitalista do mundo inteiro, baixo a guia das empresas multinacionais, de forma que sejam el@s cada vez mais ric@s e nós cada vez mais povres.

Mas a resistência das pessoas anti-capitalistas não se fez aguardar. Milheiros de militantes vind@s de todo o mundo participam na contra-cimeira na Alemanha. Tambem milheiros de pessoas atenderam ao chamado mundial e hoje estam-se a realizar atos como este em todo o mundo. Tampouco não se fez aguardar a repressom: centos de pessoas foram detidas esta semana na Alemanha, e muitas delas já têm sido condenadas a penas de cárcere em autenticos juiços-farsa. É assim que a democracia e a liberdade não existe em nenhum dos paises do G-8, embora se arroguem a si próprios o papel de defensores da democracia, é assim que ao protesto d@s explorad@s impoe-se a violência dos corpos armados do capital. Mas a resistência continua enquanto as pessoas livres e dignas fazemos o que nos dita a nossa consciência e não cedemos a chantagens, pressões e ameaças.

Desde Compostela tambem nos fizemos eco deste chamado planetário. Desde Compostela tambem queremos opor-nos ao capitalismo que destrue o mundo e as nossas vidas.

Desde Compostela queremos chamar à luta de classes nos postos de trabalho, contra o desmonte social, contra à flexibilizaçom dos serviços e das condições de trabalho.

Desde Compostela queremos denunciar a situaçom de guerra e ocupaçom imperialista que vive o mundo. Queremos lembrar o Iraque, o Afeganistam, a Palestina, Cachemira, Filipinas, Turquia, Angola, o Sahara, Somália, Colômbia… tantos lugares nos que diariamente se assassinam civís e que suportam a ocupaçom militar em base a movimentos geo-estratêgicos e de controlo das matérias primas e energêticas que as pessoas nom entendemos nem queremos entender.

Desde Compostela queremos mostrar a nossa solidariedade e simpatia com todas as forças revolucionárias e emancipadoras e com a sua luta contra do imperialismo. Queremos saudar Oaxaca, Chiapas, Bolívia, Perú, o Sahara… tantos lugares onde se luta por um mundo livre, alicerçado na sólida base da liberdade de todas as pessoas e na liberdade de todos os povos. Queremos lembrar a repressom que se exerce contra quem luta contra ese sistema fundamente injusto, que a detençom, o encarceramento e a tortura pratica-se diariamente nas esquadras policiais. Queremos dizer bem alto que resistência nom é terrorismo, que terrorista é quem faz sofrer e nom quem padece, que terrorista é quem ataca e nom quem se defende. Queremos a liberdade para tod@s @s pres@s polític@s e vítimas do sistema do mundo inteiro. Queremos a destruiçom do sistema carcerário como instrumento que é de amedrontamento e reclussom para qualquer pessoa que de uma forma ou outra nom se adapta ao sistema.

Desde Compostela queremos alertar contra a gestom das matérias primas e o meio ambiente por parte do capital, o que produz a exploraçom selvagem da natureza, uma relaçom anormal das pessoas com o nosso meio e o lucro das empresas e o grande capital contra dos interesses do povo. Vemo-lo aquí todos os dias: o AVE, as grandes autovias e demais infraestruturas innecesárias que nos isolam mais do que nos unem; os encoros, eólicas, térmicas, gaseiras como Reganosa, que sobreproducem energia muito por riba das nossas necesidades e da própria capacidade do meio ambiente para a exportaçom ao centro industrializado de Europa; a especulaçom urbanistica dos grandes grupos inmobiliários que pretendem a construcçom de 600.000 vivendas na costa galega dirigidas ao turismo e a segundas ou terças vivenda, enquanto há milheiros de vivendas vazias e milheiros de pessoas a viver na rua.

Desde Compostela exigimos a destruiçom do sistema patriarcal e as suas mâximas expressões: o machismo e a homofobia. Tod@s somos iguais na nossa dignidade e diferentes na nossa individualidade. Tod@s temos direito a escolher nossa opçom sexual e pratica-la. Queremos lembrar os milhões de mulheres que sofrem a violência machista em todas as suas formas. Queremos lembrar as mulheres mutiladas, as mulheres violadas, as mulheres comercializadas e prostituidas, as mulheres vendidas em matrimónio, as mulheres assassinadas por querer viver uma sexualidade livre, as mulheres escravizadas vinte e quatro horas ao dia, as mulheres que ao nosso lado e talvez com nosso silêncio esmorecem baixo os golpes de um qualquer macho que se pensa amo das vidas alleias. Queremos lembrar que há pessoas que pola sua sexualidade, por ser gais e lesbianas, som perseguidas e assassinadas em muitos lugares do mundo, ou quanto menos isoladas, vexadas, excluidas, agredidas.

Desde Compostela denunciamos a situaçom de emigraçom obrigatória à que se submete a grande parte do mundo para poder sobreviver. Todas as pessoas temos o direito de viver e relacionar-nos na nossa própria terra, ou de escolher livremente onde queremos viver. Nenhum ser humano é ilegal. Exiximos a apertura de todas as fronteiras e a fim das restrições de imigraçom e estáncia. Valoramos a diversidade étnica e cultural como um valor em si próprio e chamamos contra o racismo e a xenofobia.

Desde Compostela queremos chamar a mobilizaçom contra este sistema fundamente injusto que provoca estas e outras situações. Chamamos a auto-organizaçom e a luta diária. So assí, extendendo a luta às nossas vidas e ao dia a dia será posível mudar a face do mundo. Até a fim do capitalismo. Até que todos e todas sexamos livres. Até que todos e todas sexamos por fim pessoas.

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